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Quem Foi Cesar Nunes? A Vida e o Legado do Produtor Cinematográfico

Quem Foi Cesar Nunes? A Vida e o Legado do Produtor Cinematográfico

Postado em: 26 Jul, 2023

Quem Foi Cesar Nunes?

Um Olhar Sobre a Vida e Legado do Produtor Cinematográfico


Cesar Nunes, um produtor cinematográfico que viveu entre 1920 e 1990, deixou um legado marcante na história do cinema e da política no Rio de Janeiro. Neste artigo, vamos mergulhar na vida e obra desse apaixonado pela cinematografia, entender sua relevância como produtor e explorar os desafios enfrentados para preservar seu valioso acervo. Conheceremos suas produções e como ele retratou importantes figuras políticas do estado. Vamos também examinar o estado atual do acervo, sua conservação e o sonho de preservá-lo para as futuras gerações.

Cesar Nunes nasceu em 26 de julho de 1920 e viveu até 1990. Sua história cinematográfica começou em 1940, quando fundou a Cesar Nunes Produções em Petrópolis, Rio de Janeiro. Seu legado está guardado em um acervo particular na cidade de Petrópolis, onde a produtora se estabeleceu. O acervo cobre 30 anos da Produções César Nunes, com registros das atividades de diversos governos fluminenses e também da cidade de Petrópolis. Apesar de ser uma pequena produtora, a Cesar Nunes Produções teve uma atuação relevante enquanto existiu. Ela criou e produziu a "Revista da Tela", um cinejornal com edições semanais sobre Petrópolis, Rio de Janeiro e, posteriormente, sobre Niterói. Através da "Revista da Tela", Cesar Nunes retratou as transformações pelas quais passavam o Rio de Janeiro e Petrópolis, documentando momentos importantes da história política e cultural do estado. A produtora também atuou como banco de imagens para redes de televisão consagradas no mercado, como a TV Globo e a TV Bandeirantes, contribuindo para a divulgação de grandes empresas e governantes. Devido ao seu trabalho na cinematografia, Cesar Nunes conheceu diversas figuras políticas do Rio de Janeiro, estabelecendo uma relação próxima com elas.

Cesar Nunes utilizava seus cinejornais como ferramenta política para divulgar ações e a agenda dos governantes, buscando dar visibilidade às suas carreiras políticas. Cesar Nunes foi especialmente próximo do político Roberto Silveira, demonstrando sua isenção de preferências partidárias. A equipe de Cesar Nunes estava sempre em movimento, captando imagens diversas para alimentar os cinejornais e documentários produzidos. Para o transporte dos equipamentos e pessoal, a equipe utilizava uma Kombi totalmente personalizada, o que facilitava a realização das filmagens. Cesar Nunes contava com o apoio e colaboração de seus dois filhos, Paulo e Renato, que trabalhavam junto com ele na produtora.


A Perda Prematura de Renato Nunes

A morte prematura de seu filho Renato impactou profundamente Cesar Nunes, levando-o a descontinuar a produtora e se desfazer de parte do acervo. Parte do acervo de Cesar Nunes foi doada ao Arquivo Nacional após sua morte, garantindo sua preservação para a posteridade. O que restou do acervo foi transferido para uma pequena garagem em Petrópolis, o que não é um ambiente ideal para sua preservação.

O Sonho de uma Fundação Preservadora

O neto de Cesar Nunes, Márcio Nunes, sonha em criar uma fundação para preservar o acervo ou encontrar uma instituição que possa dar tratamento adequado para essa rica produção. Preservar o acervo cinematográfico é um desafio, considerando o estado crítico de alguns materiais e os custos envolvidos na limpeza e conservação.


Cesar Nunes deixou sua marca na história do cinema e da política do Rio de Janeiro, através de sua dedicação à cinematografia e da produção de cinejornais e documentários que retratavam a realidade da época. Seu acervo, ainda que enfrentando desafios de conservação, é uma janela para o passado, oferecendo um valioso olhar sobre o estado do Rio de Janeiro em décadas passadas. Preservar seu legado é um compromisso com a história e um convite para que as gerações futuras possam conhecer e apreciar essa rica herança audiovisual. Através da valorização e cuidado com esse acervo, é possível manter viva a memória do talentoso produtor que contribuiu para a construção da cinematografia brasileira.

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